sábado, 28 de setembro de 2024

O verdadeiro motivo do ódio ao povo judeu através de sua história.

  A mulher e o dragão

            

Nesse capítulo também vemos uma interrupção da cronologia do Apocalipse, abrindo um parêntese para mostrar a guerra das trevas contra o plano de Deus, principalmente com o povo escolhido, nesse caso Israel.

A profecia começa com a visão de uma mulher vestida de sol, e a lua debaixo de seus pés, com uma coroa de doze estrelas. Alguns afirmam que a mulher indicada no texto representa a igreja.

Apresentaremos algumas razões do porquê não aderimos a essa afirmação;

Embora as doze estrelas possam significar as doze tribos de Israel, poderia aplicar essa interpretação à Igreja, em referência aos doze apóstolos,  que existem evidências fortíssimas de que se trata de Israel, como veremos agora.

Faremos uma comparação entre o v. 1 e o sonho de José: “Eis que o sol, e a lua, e onze estrelas se inclinavam a mim” (Gênesis 37:9-10). O sol nesse sonho representaria Jacó, a lua, a mãe de José, e as estrelas, seus filhos.

O versículo 2 mostra que a mulher estava grávida, com dores de parto e ânsia de dar à luz. Ele se refere ao nascimento de Jesus, esperado como Messias em Israel. Muitos profetas chamados messiânicos profetizaram sobre sua vinda e todo o povo clamava a Deus por sua vinda. Bem retratada esta frase “com ânsia de dar à luz” em Gálatas 4:19 Romanos 8:19, em que Paulo faz essa mesma ilustração sobre a expectativa da espera da concretização do plano de Deus.

O diabo sempre tentou destruir o povo de Israel. Para que Deus não concluísse seu plano maravilhoso, ele fez de tudo para que o Messias não viesse ao mundo. Vimos isso através de vários episódios na antiguidade, como o ocorrido no reinado do Império Persa, no qual Deus usou a rainha Ester para evitar o massacre de seu povo.

 

E o dragão parou perante a mulher para que haveria de dar à luz para que, dando à luz, lhe tragasse o filho.” (v.4). Realmente isso ocorreu, ele usou o rei Herodes para perseguir Jesus, culminando no assassinato de vários bebês (Mateus 2:16).

No versículo 5, vemos que literalmente ela da à luz um filho, que regerá as nações com vara de ferro, e o seu filho foi arrebatado para o trono de Deus. Aqui está tratando de Jesus, que nasceu de uma mulher, da linhagem de Abraão e Davi (Mateus 1:1). O Messias prometido e esperado por Israel, povo escolhido para cumprir os propósitos de Deus na antiguidade, por isso, essa mulher não poderia ser a Igreja, pois a Igreja de Cristo surgiu depois do nascimento, morte, ressurreição e ascensão de Jesus (Lucas 24:49,51). 

Portanto, a mulher desta profecia é Israel, continuando;

Interessante notar que entre os v. 5 e 6 não há nenhum intervalo de tempo entre a subida de Jesus ao Céu e a fuga da mulher para o deserto. Isso se deve ao fato de que, com a ascensão de Cristo, teve início o intervalo de tempo com o surgimento da igreja, que vimos anteriormente, com a pausa entre a sexagésima nona e septuagésima semana na profecia de Daniel 9. Aqui em Apocalipse 12, com a Igreja já arrebatada no céu, Israel volta ao cenário como povo escolhido por Deus. E a narrativa continua mostrando que a mulher foge para o deserto e se esconde por mil duzentos e sessenta dias. Olha essa data de novo! Refere-se ao período de três anos e meio citados no capítulo 11:3, como também vimos representar como metade da semana ou metade de um tempo, e também quarenta e dois meses, equivalendo aos mesmos mil duzentos e sessenta dias.

Aqui esses dias se referem à última metade da Grande Tribulação, período de maior perseguição ao povo judeu. Jesus também citou esta fuga (Mateus 24:15-22). Pode-se ver nitidamente mais uma vez que a mulher não é a Igreja. A narrativa é clara: refere-se às setenta semanas da profecia de Daniel, e já vimos que na contagem dela não se inclui a Igreja.

    Detalhe, os versículos de 11 a 16 relatam o porquê de a mulher fugir para o deserto, como descrito no versículo 6. Isso se deve ao fato de o dragão continuar a perseguição. E o versículo 14 detalha a fuga relatada (v.6).

 “E a serpente lançou da sua boca, atrás da mulher, água como um rio, para que pela corrente a fizesse arrebatar” (Apocalipse 12:15). Isso mostra a grande perseguição avassaladora a Israel na Grande Tribulação. “Águas” nos Salmos 18:4 e 93:3-4 simbolizam grandes aflições e perseguições. Como também em Daniel 9:26, que narra que a destruição da cidade santa será como uma grande inundação.

 

No versículo 16, quando diz que a terra socorreu a mulher, mostra o cuidado de Deus e que ele agirá até de forma sobrenatural para proteger Israel. O capítulo encerra com a menção da guerra do dragão contra os remanescentes da semente da mulher. Com certeza refere-se ao grupo de judeus que vimos na passagem parentética do capitulo 7, os cento e quarenta e quatro mil.


Trecho do Livro As profecias de Apocalipse simplificadas.

 

 


terça-feira, 10 de setembro de 2024

Quem será o anticristo?







O anticristo








  Falaremos sobre o anticristo. Muitos perguntam se ele já apareceu, se já está entre nós. Neste

capítulo, veremos que ele surgirá.

  Durante anos muito se especulou quem seria, um homem ou um espírito. O cinema criou vários

filmes com esse tema, aumentando a polêmica. Vimos falar dele pela primeira vez em Daniel, e foi

tratado como uma pequena ponta ou chifre, dependendo da versão bíblica (Daniel 7:8). Vemos a

correlação perfeita de Daniel com Apocalipse 13:5. Já em Daniel 9:27, ele aparece como assolador,

sendo citado por Jesus em Mateus 24:15.

  Antes de começarmos a falar em Apocalipse, vamos ver o que o apóstolo Paulo escreveu sobre

ele utilizando a denominação de o homem do pecado, o filho da perdição (2 Tessalonicenses 2:3-12).

Nos versículos 7 e 8, ele fala que algo o detém, ou seja, ele não pode se manifestar.

                                          Quem ou o que o detém? 

  A resposta é, o Espírito Santo que está aqui e habita em nós, a Igreja de Cristo, pois somos o

templo do Espírito Santo. Portanto, ele em pessoa só surgirá após o arrebatamento da igreja.

  Também é interessante observar que Paulo mostra que o ministério da injustiça já opera. Assim

como em 1 João 2:18,22 e 4:3 vemos que o espírito do anticristo já está no mundo, mas que espírito é

esse? Jesus afirmou, “o mundo jaz no maligno”, esse espírito citado por João e Paulo nada mais é que

a operação do diabo, que se aproveita da rejeição do homem às verdades de Deus e, com isso, colhem

o fruto de sua rebeldia. Pois não creram nas verdades de Deus e tiveram prazer em suas iniquidades,

que vai muito além dos prazeres carnais, pois muitos homens são soberbos e vaidosos, gostam de se

gloriarem de seus feitos pecaminosos. Veja o exemplo de Lameque (Gênesis 4:23-24), um homem

iníquo, orgulhoso e blasfemo, com seu discurso, zombou da Palavra de Deus. Da mesma forma, muitos

homens ainda agem assim.

  Agora no Apocalipse conheceremos quem realmente ele é e para que virá. Com isso

esclareceremos todas as dúvidas que nos intrigam.

  A narrativa se inicia com a visão de uma besta que surgiu do mar. Mar em profecia é símbolo

de povos, multidões, nações e línguas, como nos é revelado em Apocalipse 17:15. Isso significa que a

primeira besta se levantará de um território densamente povoado, uma metrópole.

   No versículo 1, podemos ver que a besta possui chifres e diademas igual ao dragão. Daí

vemos sua procedência satânica, pois o dragão, como já vimos, representa o diabo. Diademas

significam autoridade com poder e soberania. O capítulo 17 explicita o futuro reino do anticristo.

  No versículo 2, vemos a importância do estudo de Daniel. Aqui em Apocalipse o anticristo é

representado como uma besta, assim como os antigos Impérios mundiais, podemos observar que o

anticristo é comparado a um leopardo, a besta que representava o Império Grego, animal que

simbolizava rapidez. Também como urso, no Império Persa era sinônimo de força, e boca como leão,

igual ao Império Babilônico, simbolizando a soberba.

  Como vimos em Daniel com a revelação do sonho de Nabucodonosor, os dez dedos de barro

daria origem ao reino do anticristo, da mesma forma no sonho de Daniel ele representava uma besta,

com dez chifres, sendo esses o reino do anticristo, mostrando aqui a natureza vil, e animalesca do

governo do anticristo.

  “E deu o dragão o seu poder”, Satanás foi expulso do céu por querer ser igual a Deus, e ainda

não mudou o seu caráter, vemos aqui que ele tenta imitar a Deus. Querendo o dragão ser o Deus Pai,

a besta, Jesus, e o falso profeta, o Espírito Santo. Que dias terríveis sem o Espírito Santo e com um

homem possesso pelo próprio diabo! Atualmente vemos pessoas sendo possessas por espíritos

malignos, como vimos no capitulo 12, trazendo malefícios, imagine alguém possesso por Satanás.

Coisas terríveis aguardam os moradores da terra! 

 “E vi uma das suas cabeças como ferida de morte, e a sua chaga mortal foi curada; e toda a terra

se maravilhou após a besta” (Apocalipse 13:3).

 Como já observamos, a terra estará literalmente entregue ao diabo. Se hoje com o Espírito Santo

que habita na terra, vemos alguns sinais e operações diabólicas de algumas pessoas que os evocam,

imagine na Grande Tribulação. Como Paulo escreveu, “já habita na terra a operação do erro, tendo um

que ainda retém”.

 Coisas sobrenaturais ocorrerão, e aqui vemos que o diabo fará algo tremendo no governo do

anticristo. Toda a terra irá se maravilhar, será realizado um ritual satânico que nunca foi visto na terra.

E o resultado dará maior credibilidade à besta ao ponto de dizerem que ele é indestrutível. Imagine só,

alguém com um poder político, e ainda tendo como seu segurança o próprio diabo, que deu o poder a

ele, ou seja quase imortal. Nesse pequeno período de tempo, três anos e meio, o anticristo será assim.

  Mas que ferida mortal será essa em umas de suas cabeças?

  Existem duas linhas de interpretações. A primeira explica literalmente os versículos 3,12 e 13,

afirmando que essa ferida de morte, que ocasionou a sua chaga mortal, foi feita no anticristo através de

um atentado contra sua vida. E essa suposta cura, como diz o versículo 14, foi uma artimanha do

diabo, pois ele engana os que habitam na terra com sinais que lhe foi permitido que fizesse na

presença da besta. Como o apóstolo Paulo profetiza em 2 Tessalonicenses 2:90: "Ora, o aparecimento

do iníquo é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais e prodígios da mentira". Ou seja,

se hoje já vemos muitas manipulações nas informações e muitas curas atribuídas aos poderes das

trevas, imagine naqueles dias com o próprio diabo reinando absoluto.

  A segunda interpretação tem cunho político e se baseia no capitulo 17, no qual o anjo revela o

mistério sobre a besta, dizendo que as cabeças significam sete montes em que a besta está sentada,

que também são sete reinos. E que essa ferida seria feita em uma das cabeças da besta e a sua cura

se tratam da resolução de algum problema político, ainda não visto pela humanidade e que, de maneira

sobrenatural, ela resolverá.

  Seja o que for, com essa operação milagrosa de cura da besta, o poder e a fama do anticristo

ganharão notoriedade em toda a terra e todos o reverenciarão. Com os meios de comunicações atuais,

as notícias são instantâneas, não só por áudio, mas principalmente por vídeos para propagarem

qualquer notícia.

 O versículo 5 descreve uma boca que falava grandiosamente, ou seja, um político nato, que tem

poder de persuasão, só que seu discurso será de blasfêmia a Deus e tudo aquilo que é santo. Ele

poderá proferir diversas mentiras, injúrias, calúnias ao Senhor livremente durante o período que lhe foi

concedido de três anos e meio. Ele perseguirá violentamente todo aquele que insistir em falar da

Palavra de Deus (2 Tessalonicenses 2:4), tanto gentio quanto judeu, por isso que Jesus falou sobre a

fuga (Mateus 24:15-21).

  E como já vimos, o cavalo branco que representa o anticristo (Apocalipse 6:2), vencerá. Naqueles

dias não adianta repreendê-lo em nome de Jesus, que ele não irá obedecer. Não porque o sangue de

Jesus terá perdido o poder, mas, nessa época, não terá a eficácia que tem hoje na Graça. A operação

do Senhor será para a salvação da alma (Apocalipse 7:14), pois o mundo estará sobre o juízo de Deus.

O homem rejeitou a palavra de Deus e irá sofrer as consequências com o domínio do diabo.

  Hoje muitas vezes passamos por lutas, momentos difíceis na vida, imaginamos que Deus nos

abandonou e que estamos sendo cirandados pelo diabo. Imagine na época da Grande Tribulação que

a humanidade será entregue a ele. Hoje vivemos na graça, todas as promessas do Senhor são

cumpridas em nossas vidas, e em 1 João 5:18 está escrito, “que aquele que é nascido de Deus o diabo

não toca”. Com o arrebatamento da Igreja, acaba a graça, e começa o juízo de Deus.

  Lembramos antes da vinda de Cristo. Na história de Jó, vimos que o diabo teve oportunidade de

atentar sobre seus bens, a vida de seus filhos e sua saúde. Na Grande Tribulação será pior, pois o

homem estará à mercê das forças das trevas (vide o v.10 que se repete em Apocalipse 14:12). Não

haverá como escapar, para obter a salvação será através da morte.

  Quando este versículo fala da fé, refere-se a todos aqueles que não adorarão ao anticristo, essa

insubordinação resultará em uma sentença de morte (Apocalipse 13:15). Temos um exemplo descrito

em Daniel 3, quando os amigos de Daniel foram jogados na fornalha de fogo ardente, por se recusarem

a adorar a estátua de Nabucodonosor. No governo do anticristo, aquele que igualmente se negar a

adorar a imagem da besta, o Senhor, na sua infinita misericórdia, dará uma nova oportunidade para

ficarem ou se converterem na Grande Tribulação. Ele receberá esse sacrifício daqueles que, diante da

morte, não amaram a própria vida. Esses terão direto à salvação.

  Quando se fala em paciência, faz referência àqueles que irão se esconder e esperar a segunda

vinda de Cristo, que ocorrerá três anos e meio depois. 

  Versículo 8 fala sobre o Cordeiro de Deus que foi morto desde a fundação do mundo, embora

não seja matéria a ser observada nesta obra, por se tratar de um assunto a ser tratado em períodos

bíblicos. Sabemos que hoje vivemos na Graça e temos acesso a Cristo além do véu, mas nem sempre

foi assim. Antes do nascimento de Jesus, havia todo um rito de preparação para a redenção do

homem. Vimos em Gênesis, com a queda do homem, que Deus teve que matar um animal para vesti-

lo, sendo símbolo do derramamento do sangue de Cristo que nos redimiu.

  Seria útil a leitura dos capítulos 8 a 10 de Hebreus, que fala o porquê daquela simbologia do

Velho Testamento, tudo voltado para a obra de Cristo para redenção daqueles que sempre creram na

Palavra de Deus, sendo explicitado muito bem em 1 Pedro 1.18-20.


                       Capitulo 3 do Livro As Profecias do Apocalipse simplificadas.

 

segunda-feira, 9 de setembro de 2024

Aquele que julga estar firme, cuide-se para que não caia!

 

Assim, aquele que julga estar firme, cuide-se para que não caia!

                                    1 Coríntios 10:12






   Para entendermos melhor esta passagem, podemos imaginar a história de um alpinista. O mesmo querendo subir até o ponto mais alto de uma montanha, começou sua subida com uma caminha. Chegou um momento que ele não poderia mais caminhar, pois se deparou com uma rocha íngreme. A partir deste momento ele teve que escalar. Quando já estava preste a chegar no cume, cometeu um erro e caiu. Ele tinha levado horas para chegar naquela posição, passou por intempéries, teve dificuldades pois não possuía material adequado para escalada, sofreu exaustão e alimentação escassa. Mas sua queda durou segundos. As pessoas conhecidas dele darão mais ênfase a sua queda, ou seja do deslize que ele cometeu.  Não darão muita importância a todo esforço que ele realizou, tudo aquilo que passou, terá sido em vão, ou seja será ignorado pela maioria das pessoas.

   Assim também ocorre em nossas vidas, por isso que a palavra de Deus nos diz "Assim, aquele que julga estar firme, cuide-se para que não caia". A gente pode ter feito um milhão de coisas boas, ter lutado, sofrido diversas pressões, mas por um deslize, se cai, como diz o ditado, tudo vai por água abaixo.

  As pessoas não não se lembrarão das coisas boas que já realizamos, mas sim do nosso erro.